O IDH é um modelo de avaliação da ‘qualidade’ de países, estados e municípios e possui, além da economia, outros dois principais focos: na saúde e a educação da população. Com o Brasil crescendo cada vez mais na pontuação deste ranking, os quatro principais candidatos à presidência possuem preocupações ‘extras’ com esses setores do país.
Dilma Rousseff (PT) pretende melhorar o sistema atual da saúde adquirindo mais recursos para o SUS, dando maior apoio a hospitais públicos e/ou conveniados ao SUS, criando novas UPAs pelo país, melhorando o SAMU e outros programas envolvidos com a saúde vindos do governo Lula, como o Saúde da Família. Já na educação, o objetivo é priorizar a qualidade, oferecendo treinamentos e melhores salários aos professores, promovendo bolsas e apoio a jovens (para não desistirem dos estudos), criando salas de aula informatizadas, aumentando o número de pré-escolas e dando proteção para os jovens não pararem os estudos para trabalhar.
José Serra (PSDB), ex-ministro da Saúde no governo FHC, traz como principais propostas para a saúde a produção de novos medicamentos genéricos, a diminuição de impostos sobre medicamentos, a entrega de 150 Ambulatórios Médicos de Especialidades em dois anos, além de afirmar que o uso de drogas é ‘um problema de saúde pública’, visando resolvê-lo criando clínicas voltadas ao tratamento de drogados. Já para a educação, Serra propõe a criação do Bolsa-Adolescente (bolsa que os jovens ganhariam para concluir o ensino profissionalizante e iniciar suas carreiras) e obras de infraestrutura nas escolas.
Candidata do PV, Marina Silva dá grande prioridade à educação brasileira, apresentando propostas de aumento de escolas técnicas no Brasil (visando responder às demandas de mercado das regiões e priorizando profissões relacionadas à economia verde), disponibilidade de internet aos professores, e investimentos intensivos em todos os níveis de educação. Já na saúde, a candidata pretende ampliar programas de acesso a medicamentos e associá-los a acupuntura, criar plebiscito para discutir o aborto, investir R$20 bilhões por ano, durante uma década, em saneamento básico em todo o país, incentivar a prevenção de doenças e ampliar o programa Saúde da Família, tornando-o financiado pelo SUS.
Menos cotado entre os presidenciáveis, Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) visa utilizar 10% do PIB brasileiro para melhorar a qualidade do ensino público brasileiro, independentemente da região e do nível de ensino. O candidato também defende o fim dos transgênicos (visando a saúde alimentar), defende uma saúde pública universal, integral e com controle social, e que esta possa atender todas as necessidades da população.
Vimos que muito foi proposto em saúde e educação pelos candidatos. Todos nós temos consciência de que apenas possuindo um ensino de qualidade e estando possibilitados fisicamente e psicologicamente é que podemos trabalhar para construirmos um Brasil melhor. Visto isto, considero que as melhores propostas são a ampliação dos genéricos, a continuação de programas como o Saúde da Família, e o aumento de recursos para a saúde pública, para que assim todos os brasileiros tenham seus direitos constitucionais cumpridos. Já na educação, o principal objetivo é fortalecer o ensino público em todos os níveis, fortalecendo também os profissionais da área. Considero interessante a proposta do candidato ‘tucano’ sobre a criação do Bolsa-Adolescente, já que muitos jovens sofrem excessivamente para concluir o ensino superior e muitas vezes não possuem recursos para aplicarem o que estudaram por, no mínimo, três anos. Com essa bolsa, os novos profissionais formados terão chances de se manter economicamente e outros programas, como o Bolsa-Família, que apenas gastam o dinheiro público e não trazem retorno nenhum ao país, poderão acabar.
Bruno César - nº 08 - IA08
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